Enquanto a chuva caía, Pedro desviava-se das gotas conforme podia. Os Audio Bullys dentro do seu i-pod, coordenavam o ritmo das suas passadas. Entrou nas finanças, disse bom dia aos presentes, num gesto corriqueiro, mas pouco genuíno da vida citadina. Encontrou resposta em dois indivíduos apenas, de entre aqueles que ali estavam nessa estranha manhã de Abril. Chovia, mas não estava frio. Limpou a cabeça, levando a mão aos seus poucos cabelos, salpicando levemente quem estava em seu redor. Nem reparou. Aliás, Pedro raramente se importava com o reflexo das suas atitudes. A espera não foi tão longa como é costume nestes sítios, ouviu um apito estridente para essas horas da manhã, verificou a senha. Sorriu. O número 69 era o que lhe calhara. Lembrou-se do Verão passado. Durante todo o tempo que lhe levou a resolver o assunto que o trouxera ali, a troca de olhares entre ele e a sedutora mulher que ali trabalhava, foi uma constante. Aí, fez algo que nunca tinha feito antes. Pedro era tímido, mas num impulso, entre o preenchimento de mais um papel, convidou Ana para beber um café ao fim da tarde com ele. Hoje, têm mais uma pequena pessoa nas suas vidas, e recordam a repartição de finanças como mais ninguém o fará.

Mr. and Mrs. Smith

Fui ver este filme ontem, e sem dúvida alguma aconselho para um serão divertido nestas noites de calor que não nos deixam dormir. É um blockbuster com dois dos melhores actores da sua geração (em todos os aspectos, dirão, quer rapazes quer raparigas...). Realizado por Doug Liman, o mesmo senhor que nos ofereceu "The Bourne Identity"(em portuga, "Identidade Desconhecida"), é um filme de acção/comédia, sem grandes pretensões a filme de culto, mas sim com o intuito de divertir. E neste aspecto, é na verdade, muito bem sucedido. A película sobrevive à custa do excelente desempenho do pequeno, mas grandioso elenco (Angelina Jolie, Brad Pitt e não esquecer o fantástico Vince Vaughn), e cenas de acção arrojadas, sempre com uma pitada de non-sense em sequências à la John Woo.
Em suma, na minha opinião, são duas horas muito bem passadas. Confesso que nos últimos tempos não tenho visto muito bons filmes, e este acabou por me surpreender pela positiva.
7.5/10

Amigos

São o melhor refúgio quando a tempestade nos sufoca, e parece não haver saída. Mesmo aqueles com que achamos não poder contar, acabam-se por revelar, de uma maneira ou de outra, muito importantes para, pelo menos esquecermos o que nos atormenta. A simples piada, a banal conversa, a gargalhada, qualquer coisa pode ser o suficiente para que nos esqueçamos do que nos enche a cabeça nestes dias que correm.
Aproveito para deixar um obrigado a TODOS eles!

"The Noose"

So glad to see you have overcome them.
Completely silent now
With heaven's help
You cast your demons out
And not to pull your halo down
Around your neck and tug you off your cloud
But I'm more than just a little curious
How you're planning to go about
Making your amends to the dead
To the dead

Recall the deeds as if
They're all someone else's
Atrocious stories
Now you stand reborn before us all
So glad to see you well

And not to pull your halo down
Around your neck and tug you to the ground
But I'm more than just a little curious
How you're planning to go about
Making your amends to the dead
To the dead

With your halo slipping down
Your halo slipping
Your halo slipping down
Your halo slipping down
Your halo slipping down [repeated]

Your halo slipping down to choke you now

A perfect circle

O bicho homem

Um amigo dizia há dias uma frase, daquelas comuns, mas que há muito não ouvia. Hoje, voltei a ouvi-la no éter. "Cada vez gosto mais dos animais". Sem dúvida, que muitas vezes apetece dizer isto. Os animais não nos ferem os sentimentos, nem nos desiludem como os humanos.

What If

what if there was no light
nothing wrong nothing right
what if there was no time
and no reason or rhyme
what if you should decide
that you don't want me there by your side
that you don't want me there in your life

what if i got it wrong
and no poem or song
could put right what i got wrong
or make you feel i belong
what if you should decide
that you don't want me there by your side
that you don't want me there in your life

ooh that's right
let's take a breath jump over the side
ooh that's right
how can you know it if you don't even try
ooh that's right

every step that you take
could be your biggest mistake
it could bend or it could break
but that's the risk that you take
what if you should decide
that you don't want me there in your life
that you don't want me there by your side

ooh that's right
let's take a breath jump over the side
ooh that's right
how can you know it when you don't even try
ooh that's right

ooh that's right
let's take a breath jump over the side
ooh that's right
you know that darkness always turns into light
ooh that's right

Coldplay

Pequena desilusão... (possível spoiler)

Acabei de ver a primeira série de episódios de Lost, no fim de semana passado. Não foi bem uma desilusão, pois já sabia que irá haver uma segunda série, mas após estes 24 episódios, nenhuma grande revelação foi feita, nem sequer no último episódio de hora e meia, o que deixa um sabor a pouco...
Chego-me a questionar... será que os argumentistas sabem que fim dar àquela fantástica história?
Agora ficaremos todos a salivar pela próxima série... Isto do negócio televisivo é uma coisa! Se a primeira série não fosse este estrondoso sucesso, certamente que teriam acabado com a história em 24 episódios, assim... de certeza que valerá a pena esperar por mais.
Por agora vou-me entretendo com os csi's e com essa fantástica série que dá pelo nome de Desperate Housewives.

Life ain't simple....

E se fosse? Será que valia a pena?