segunda-feira, janeiro 15, 2007

Distracções

Foi um fim de semana em que finalmente consegui ver cinema. E do bom.
Sábado à noite, Children of Men. Filme passado num futuro próximo (2027), um futuro em que a pessoa mais nova do planeta tem 18 anos. O planeta é um caos pegado, e Inglaterra está completamente isolada do resto do mundo. É lá que se passa a história. Entretanto, aparece uma grávida que precisa de ser transportada para uma espécie de sanctuário (curiosamente localizado nos Açores), de forma a que cientistas consigam tirar conclusões e arranjar soluções com vista à continuidade da espécie humana. Fé, religião são temas implícitos na trama. É um filme que nos faz pensar muito depois de o termos visto. Com Clive Owen no principal papel, realizado por Alfonso Cuaron, é um dos bons filmes que vi nestes últimos tempos. Recomendadíssimo. Se fosse um critico de cinema daria um 8, de 0 a 10. Como não sou, mas gosto muito de cinema, dou na mesma. :P
Domingo à tarde. Deja Vu. As expectativas para este eram altíssimas. Um dos meus realizadores favoritos dos últimos tempos, Tony Scott (que definitivamente, está em muito melhor forma que o irmão, Ridley Scott(Gladiador, Alien, Blade Runner)), junta-se a Denzel Washington de novo, depois de Man on Fire, que pessoalmente adorei. O resultado? Bem, o resultado é bastante positivo, e aqui vai a minha vénia a Jerry Bruckheimer, o produtor, por ter apostado em Tony Scott. Bruckheimer é frequentemente sovado pelos criticos, mas pessoalmente, gosto muito da grande maioria de filmes por ele produzidos. São no-brainers, a maior parte deles, mas são muito bem feitos, com muita acção e adrenalina. De vez em quando, também sabe bem. Só para que conste, e para tirarem as respectivas conclusões, Bruckheimer produziu coisas do calibre de Piratas das Caraíbas, 60 segundos, Bad Boys 2, Bad Company, Black Hawk Down, Pearl Harbour, Armageddon, O Rochedo, e séries como CSI, Casos Arquivados... bem, continuava aqui a enumerar. Se quiserem saber mais sobre este senhor: http://www.imdb.com/name/nm0000988/
Falando agora do filme em questão, que fique bem ciente que não é um filme de acção à Bruckheimer. É um filme que requer alguma, não muita, massa cinzenta, entra no domínio da ficção, com viagens no tempo e tal, mas é um filme realizado com uma tal perícia, interpretado com tal qualidade, que acabamos a filme a pensar naquilo tudo como se pudesse de facto acontecer. É um belíssimo filme, com Denzel mais uma vez a não defraudar as expectativas, com Val Kilmer ao seu melhor nível, Jim Caviezel como vilão... A acção passa-se em New Orleans pós Katrina. Bem. Palavras para quê? Vão vê-lo, vale bem a pena, Tony Scott a dirigir este elenco, apoiado numa história um pouco diferente do "normal", num thriller fantástico. Dou-lhe um 8,5 de 0 a 10.
Uma última nota para outro filme que vi na semana passada. Little Miss Sunshine. Uma história simples sobre uma família completamente disfuncional, com laivos de comédia, drama... A dar razão aos críticos "profissionais" que o consideraram um dos grandes filmes de 2006. Com Steve Carrell, o Michael da série The Office (recomendadíssima), Toni Collette e Greg Kinnear, entre outros. A história como disse, é de facto simples, mas as interpretações entre o drama e a comédia, elevam este filme a algo realmente brilhante. O timing das situações, gostei de tudo! Não é propriamente o meu tipo de filme, mas conquistou-me. Ri, entristeci logo de seguida, voltei a sorrier, emocionei-me de facto a ver este filme. Muito, mas muito bom! 8,5 é capaz de ser pouco, mas tenho q dar espaço a futuras obras primas. Nunca se sabe o que por aí vem. ;)
Para não dizerem que só vejo filmes bons, fica aqui a menção horrorosa para este monte de esterco que decidiram fazer sobre o videojogo Dead or Alive. O filme, com o mesmo nome, DOA-Dead or Alive, é uma espécie de videoclips pegados uns a outros, com Eric Roberts (esse grande actor da série B ou menos até, :)...) metido ao barulho, no meio de beldades aos pulos, saltos, pontapés, murros e diálogos estúpidos. Uma espécie de Charlie Angels, mas sem o mesmo charme. Se tivesse que fazer comparações, diria que os Anjos seriam o Boavista, e o DOA seria, pra aí... o Vila do Bispo FC....
Nota? Bem... um 3, pelas meninas :). Elas merecem, principalmente Jaime Pressly (My Name is Earl).

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