quarta-feira, janeiro 31, 2007

Time to stop

Acho que já chega. Sei bem que não se deve desistir daquilo que queremos, dos planos que fizemos para o futuro, se é que os devemos fazer. Fizeram-me ver recentemente que devo ter mais responsabilidades, que estou na idade de tomar decisões, de me preocupar com o futuro, de pensar bem no que preciso para ser feliz. Eu pensei. Eu reflecti muito. Eu não dormi. Eu não comi. Eu não fui feliz. Mas pensei. Cheguei a uma conclusão, cheguei a um ponto de partida e chegada ao mesmo tempo. E agora?
Ao que parece, a decisão certa seria virar as costas a esse desejo, a essa certeza, e seguir em frente para um outro plano. Mas para quê outro plano, quando finalmente me dei conta do que queria para a minha vida. Agora que reflecti a sério, que cheguei a isto, vou ter que virar costas e quiçá, desaparecer? É isto que acontece quando o nosso futuro, quando a nossa felicidade deixa de estar nas nossas mãos e passa para as mãos de outrém. Não é que me importe de colocar a minha vida nas mãos de outra pessoa, desde que essa pessoa seja "aquela" pessoa. É o que sucede agora. E vejo-me um bocado sem soluções, sem vontade de tentar assumir outras coisas em vista ao futuro, enquanto essa pessoa não depositar toda a sua confiança em mim, agora que finalmente quero mudar, agora que finalmente decidi o que quero da vida. Prestes a fazer 26 anos, vejo-me mais frágil que nunca, mas ao mesmo tempo convicto das minhas ideias, dos meus sentimentos. Mais do que nunca, sei mesmo o que desejo, e do que sou capaz. Nunca virei as costas à luta, nunca desisti dos meus ideais, das minhas convicções. Isto pode de facto ser motivo de orgulho, mas ao mesmo tempo tem como resultado muita desilusão.
A esperança é a última a morrer. Mas há dias em que a sinto a fugir para a luz.

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